Resultado da nossa segunda enquete

Foram encerradas nesta sexta, 5, as votações para nossa segunda enquete. À pergunta: Você acredita que a hegemonia do Cinemark, em Aracaju, prejudica a oferta de filmes?, 80% dos internautas responderam Sim. A opção Pior seria não ter cinema, ficou com 20% da preferência.

A falta de opções, obviamente, anula as possibilidades de escolha. Ter apenas uma rede de cinemas no mercado local é prejudicial no sentido de ficarmos reféns daquilo que apenas o Cinemark julga serem filmes interessantes. Não fosse o CineCult - e aí aquela rede de cinemas merece os cumprimentos - muita coisa que circula nas grandes cidades, inclusive filmes brasileiros, não chegariam aqui. Em breve publicaremos mais uma enquete.

Festa o mês todo, para todos os gostos

Por Diógenes de Souza
Imagem: Google

Com a chegada da primeira semana do mês de junho, é dada a largada para as várias festas que ocorrem em todo o estado. Apesar de a crise financeira amedrontar algumas cidades, outras, no entanto, mostram que a tradição fala mais alto e investem pesado na programação de shows artísticos, cujo carro-chefe é o estilo musical mais característico da região nordestina: o forró.

Em Aracaju, onde nos últimos anos as festas ocorridas nos Mercados Municipais e na Orla de Atalaia eram as mais esperadas de todas, os governantes foram mais comedidos. O Estado, responsável pelo Arraial do Povo, privilegiou a cultura local e lançou uma programação onde predominam apresentações de trios pé-de-serra, de artistas locais e quadrilhas juninas. A festa teve início dia 11 e vai até o dia 29.

O Forró Caju, também apoiado pelo Governo Estadual, reduziu a programação em 50%. Lançada na última quinta, 4, traz nomes como Aviões do Forró, Calypso, Elba Ramalho e Dominguinhos. Os shows começam no dia 19, têm uma pausa nos dias 21 e 22, e vão até o dia 27. De acordo com Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju, mesmo menor o evento terá sua qualidade mantida.

A data de término da festa aracajuana foi pensada de modo a não atrapalhar o São Pedro da cidade de Capela, festa com mais de 60 anos de tradição. Lá, a programação foi amplida em um dia: começa na sexta, 26, e vai até a segunda, 29, dia do santo que dá nome à comemoração. Além dos shows de forró, há a Festa do Mastro e, como vem virando tendência, shows de axé, como o da Banda Asa de Águia.

Vale ressaltar que além destas, que são as mais aguardadas pelos sergipanos, outras cidades já estão com a programação em andamento, fazendo jus à tradição. Estão aí incluídas Estância - desde o dia 28/5 até 29 deste mês -, Itaporanga - desde o dia 13 até 29 deste mês -, Japaratuba - desde o dia 31/5 até o dia 24 deste mês -, N. Srª do Socorro, como o Forró Siri - dias 30/5 e de 26 a 29 deste mês e Poço Verde - 12 a 14 deste mês.

As programações detalhadas podem ser acessadas no hotsite de São João, do Portal Infonet.

Resultado da nossa primeira enquete

A nossa primeira enquete, encerrada nesta quinta, 28, tratava de um assunto discutido em nosso primeiro post: a frequência a museus. Diante da pergunta "Com que frequência você costuma visitar museus e mostras culturais?", 100% dos votos indicaram a resposta Raramente.

O resultado não foi tomado de surpresa, pois, como abordado na matéria, há uma escassez de visitantes naqueles espaços, motivada pela falta de investimentos e divulgação da importância do patrimônio sociocultural sergipano.

Vale lembrar que nosso estado é rico em história, podendo ser conhecida de perto nos museus. São Cristóvão e Laranjeiras dão grandes contribuições nesse sentido e estão muito próximas à capital sergipana. Da próxima vez em que você não tiver programação para o fim de semana, pergunte-se se conhece a história do seu estado o suficiente.

A nova enquete está lançada sob a seguinte pergunta: "Você acredita que a hegemonia do Cinemark, em Aracaju, prejudica a oferta de filmes?" Na próxima semana traremos os resultados.

Você já comeu tapioca hoje?

Por Victor Oliveira (texto e foto)

Produto de origem indígena, mas genuinamente nordestino, a tapioca vem aumentando seu espaço no cotidiano dos sergipanos. Só na Orla da Atalaia, a iguaria é uma das opções mais requisitadas por todos os públicos. Isso demonstra que a cultura da tapioca ainda reforça a permanência das tradições nordestinas.

Há algum tempo ela deixou de ser somente uma alternativa no café da manhã, para fazer parte de novas opções gastronômicas no cardápio de restaurantes conceituados, e do comércio livre do estado. A sua popularização permitiu que fosse consumida em diferentes horários e lugares, saindo do tradicionalismo e encontrando variações de tamanho, recheios e preços.

No quesito variedades, o Circuito da Tapioca na Orla de Atalaia é um ponto de referência. O espaço comporta uma considerável quantidade de barracas que vendem diferentes opções de tapioca, além de outros petiscos à parte. Além de turistas, que se fazem presentes em grande número, os sergipanos também fazem questão de apreciar a comida típica.

Ainda em Aracaju, a tapioca pode ser encontrada em barracões próximos ao Corredor das Flores, no Mercado Central Thales Ferraz, outro importante centro turístico. Vendedora há 20 anos, Eliana de Souza Andrade diz que gosta muito de fazer tapioca. "É uma receita fácil e muito gostosa", diz .

Ela comenta que apesar de as pessoas comprarem muita tapioca durante todo ano, o São João é um período em que se identifica um aumento nas vendas. Além de tapioca, no mesmo espaço ela comercializa beiju, pé-de-moleque, bolachas (também de tapioca), entre outros.

Foi-se o tempo da tapioca tradicional

Apesar de ainda ser muito consumida, a tapioca tradicional não é mais o único pedido dos “tapioqueiros” de plantão. A iguaria vem sendo aperfeiçoada com inúmeras opções de recheios, que vão dos doces aos salgados. Camarão, bacon, carne do sol, catupiry, entre outros, fazem parte das variações. Há ainda as versões que trazem leite condensado e frutas.

Além disso, a criação de novos pratos, tendo a tapioca como ingrediente principal, é um fator visto em inúmeros restaurantes do Brasil. O pudim e o sorvete de tapioca fazem parte dessa inovação.

Confira aqui uma fácil e deliciosa receita de Pudim de Tapioca

"Não vou parar de aprender"

Por Monique de Sá (texto e foto)

Isabel Gramacho, 80 anos, é dona de um humor irreverente. Pintora há 11 anos, está com sua exposição de 32 quadros no Mirante da 13 de Julho, até esta quarta, 27. É ela a primeira entrevistada do Vitrine/SE, num papo em que falou do seu amor pelas artes plásticas e de como conseguiu unir a dor da perda de um filho à pintura.

Vitrine/SE - A senhora é baiana radicada sergipana. Por que decidiu vir morar em Aracaju?

Isabel Gramacho - Vim para cá visitar alguns parentes. Como sempre admirei esta cidade acabei passando dias aqui e nunca mais voltei a morar na Bahia.

V/SE- E como pintora, como sua carreira começou e por que?

IG - Comecei a pintar há 11 anos e nunca mais parei. Optei pela pintura devido a morte do meu filho, vítima de leucemia. Vi na pintura algo que preencheria meu tempo, conseqüentemente amenizaria minha dor. Não fosse isso, eu enlouqueceria, tamanha era a dor.

V/SE - A senhora também tem em sua família outros artistas?

IG – Sim. Meu filho Wiley Oliveira. Ele é pintor, mas o estilo dele difere do meu. Wiley prefere pintar figuras humanas, enquanto eu prefiro pintar o verde.

V/SE – Então seu estilo é mais para o verde, para paisagens...

Sim! Eu me identifico mais com o verde, com flores, paisagens, animais. Enfim, natureza! Apesar de ter alguns quadros com figuras humanas como o da Gueixa e do Cristo.

V/SE - E este dom, foi moldado por aulas ou a senhora segue um estilo próprio?

IG - Estou aprendendo. Não vou parar de aprender. Sempre me dediquei a algo relacionado a artes plásticas. Já fiz flores artesanais, bordados e hoje estou voltada apenas para a pintura.

V/SE – E em relação a sua exposição no Mirante da 13 de Julho. Tem alguma obra como predileta?

IG- Tenho todos os quadros como meus filhos. Gosto de todos. Cada um que faço procuro me aperfeiçoar mais.

V/SE – A senhora leva a pintura apenas como um hobby ou também como fonte de renda?

IG – (Risos) Faço pintura porque eu gosto, por que me eleva a alma. Minha exposição está há 15 dias no Mirante e não vendi um quadro sequer. Não dá pra ter retorno, afinal se gasta muito. Soube que havia um rapaz interessado pelo quadro das gueixas, deve ser porque ele é japonês (Risos).

Segundo a funcionária do Mirante, Mônica Rodrigues, o evento pode durar mais alguns dias. Por isto, vale a pena conferir de perto o trabalho da D. Isabel.

Exposição fotográfica mostra trabalho do "U.T.rIso"

Por Diógenes de Souza
Imagem: Acervo da exposição

Até o dia 2 de junho estará em cartaz, no Espaço Cultural Yázigi, a exposição "Imagem da Sintonia Humana". Resultado do trabalho do fotógrafo José Aquino, que acompanhou o U.T.rIso no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o evento ocorre em alusão aos 10 anos do grupo, comemorados este ano.

As fotos surgiram quase por acaso, como explica aquino: "Fui fazer um outro trabalho fotográfico no hospital, quando estava atuando também o grupo U.T.rIso. Como a coordenadora do grupo, Fátima Bastos, gostou das fotos, continuei fotografando as atuações e passeios do componentes", diz.

O fotógrafo acompanhou as atividades da caravana por pouco mais de um ano. O resultado foram as 31 imagens que compõem a exposição. O tema, explica ele, "vem da reação alegre das crianças atendidas pelo U.T.rIso aos estímulos de carinho e afeto".

A exposição é aberta ao público de terça a sexta, das 14h às 20h. O Espaço Cultural Yázigi fica localizado na rua Vereador João Calazans, 494, Praia 13 de Julho.

Doutores da Alegria

O U.T.rIso é formado por atores profissionais que atuam visitando pacientes das alas pediátricas e oncológicas dos hospitais de Aracaju. Os componentes do grupo também realizam passeios externos com as crianças e distribuem brinquedos. As atividades também contemplam familiares e médicos.

Evento discute visita a museus em Sergipe

Por Victor Oliveira (texto e foto)

A frequência e a diversidade de público que visita museus é a questão debatida no seminário "Museus e Turismo", inserido na programação da 7º Semana Nacional de Museus. Promovido pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do Iphan (Demu/Iphan) e pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC), o encontro é aberto ao público e ocorre até este sábado, 23, na Biblioteca Pública Epiphanio Dória.

A proposta das discussões visa uma integração dessas instituições e, consequentemente, uma maior relação com a sociedade. De acordo com a professora Maria Verônica Menezes, licenciada em história e mestre em Memória Social, ainda não há a devida valorização dos 35 museus presentes no estado.

É necessária, afirma ela, uma parceria entre os museus, os serviços turísticos e a mídia para que o acesso aos espaços seja aberto a todos os públicos, tanto turistas quanto o próprio sergipano. "Temos muitas mazelas que precisam ser superadas para que haja, pelo menos, uma maior exploração desses espaços", explica a professora.

Isso porque, segundo Fabiana Maciel, museóloga e coordenadora do Memorial de Sergipe, há uma unidade no público que frenquenta museus, sendo que a predominância é de grupos de estudantes. "Não há a visitação de grupos variados nos museus. Não há o contato do turista com o espaço museológico", diz.

A solução para o caso estaria, conforme teoriza Verônica, na "definição da política dos museus, sem renunciar a ética e o projeto cultural das instituições museológicas".

Desconhecimento do público

Uma das razões apontadas para a escassez de público seria o desconhecimento, aliado à limitação financeira que as insituições possuem para manter a preservação e a divulgação dos elementos socioculturais da História Sergipana.

Em Sergipe, considerando-se a dimensão territorial, a quantidade de museus é considerável. Destacam-se, por exemplo, as cidades de Laranjeiras (Museu Afro-Brasileiro), São Cristóvão (Museu Histórico de Sergipe), Estância (Memorial de Estância) e, em Canindé do São Francisco, o Museu Arqueológico de Xingó (MAX), além de espaços mantidos na capital.

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Vitrine/SE: divulgando Cultura e Entretenimento em Sergipe

Foto: Michel Oliveira

A definição de Vitrine pode explicar a nossa proposta, mas não seremos tão previsíveis. Temos, sim, a intenção de divulgar a movimentação cultural do nosso estado, buscando estimular uma maior participação do público. Mas utilizaremos, para isso, a maior quantidade de ferramentas da web, tornando a cobertura jornalística o mais interessante possível.

Claro, este espaço não será muito sem sua colaboração. Além de sugestão de pautas, os comentários podem gerar, aqui, um espaço aberto à discussão sobre o andamento de tudo o que envolver a nossa temática principal.